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Foto do escritorManuela Macagnan

Planejamento e malemolência

Sempre gostei de planejar e, por isso, faço listas para tudo. Tenho metas para quando um novo mês começa, tenho uma lista das pendências da semana e, à noite, sempre organizo os afazeres do dia seguinte.


Sabe aquela pessoa que resolve viajar de uma hora pra outra e chega ao destino sem saber aonde vai dormir? Não sou essa pessoa. Gosto de saber para onde vou, quais lugares vou visitar e, principalmente, o hotel onde vou passar a noite.


Ser assim tão metódica tinha um lado ruim porque, quando alguma coisa saía um pouquinho do plano, eu já perdia a linha, desanimava. Se comia bobagem ou pulava a atividade física, por exemplo, já achava que a semana estava perdida. Só com maturidade e terapia estou conseguindo ser mais flexível e sofrer menos quando as coisas não seguem o meu plano original.


A verdade é que a vida não está nem aí para o que a gente planeja. E, talvez, o segredo seja justamente a malemolência, saber improvisar de vez em quando, envergar para não quebrar.

Eu sigo com a minha lista porque ela é o meu norte mas, hoje, o meu planejamento está mais para aquele farol no mar do que âncora, sabe? Vou indo, vou fazendo, adptando quando precisa, mudo quando tem que mudar, sempre com a convicção de que eu fiz o melhor que eu podia com o que tinha naquele momento.


Como é por aí? Tem mais alguém que AMA fazer listas?

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